A acupuntura é uma prática milenar que transcende as culturas durante séculos. Com suas raízes na medicina chinesa, suas técnicas têm sido alvo da popularidade nos tratamentos terapêuticos e cuidados com a saúde. Mas com o tempo, surgiram alguns mitos e julgamentos equivocados sobre ela.
São diversos os argumentos errôneos quanto à acupuntura, como a crença de que é uma terapia dolorosa ou com uso de substâncias. Há quem acredite que é algo místico ou religioso e quem pense que é algo que traz benefício somente para o físico.
Para entender melhor sobre esse universo e os retornos positivos que essa prática traz, é preciso desmistificar e esclarecer o quanto essa técnica promove harmonia e bem-estar físico e mental de forma eficiente e impactante. Pensando nisso, trouxemos os 6 mitos que falam sobre a acupuntura. Confira!
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Toggle1. Acupuntura dói
Será que a acupuntura dói? Essa é uma dúvida comum que faz muita gente hesitar na hora de decidir sobre fazer ou não. A técnica, contradizendo a expectativa da grande maioria, é um pouco dolorosa. O material de uso na técnica se trata de agulhas finas e delicadas que, quando aplicadas, podem dar a sensação de uma leve pressão.
É sempre bom lembrar que a dor da auriculoterapia com agulhas é relativa e pode variar de pessoa para pessoa. E a escolha por profissionais capacitados pode ter uma grande influência no resultado, pois é necessário ter habilidade e respeitar a anatomia, em busca de oferecer uma experiência satisfatória.
Uma das vertentes da acupuntura é a acupuntura auricular, onde a estimulação dos pontos fica concentrada na parte da orelha, que, segundo a medicina oriental, está conectada a diversas partes do corpo. Essa técnica tem se tornado uma maneira viável para dar suporte a distúrbios emocionais e físicos.
2. O efeito da acupuntura é placebo
Por se tratar de uma terapia holística de origem chinesa que quebra as regras tradicionais da medicina ocidental, o ceticismo sobre outras culturas e práticas leva a uma compreensão limitada sobre os numerosos benefícios da acupuntura.
Porém, a acupuntura tem comprovação científica que demonstra como a terapia é eficaz. Tudo isso graças aos estudos randomizados e controlados que apontam melhorias em quadros como, de depressão, de ansiedade e de dor crônica.
Estimular os pontos específicos do nosso corpo traz respostas fisiológicas, como a liberação de neurotransmissores, responsáveis por regular a dor e o humor. Também consegue atuar no sistema nervoso autônomo, responsável por maior controle da resposta do corpo quanto ao estresse.
Na auriculoterapia, estimular pontinhos na orelha para ansiedade tem repercutido positivamente e ganhou destaque. Acredita-se que o incentivo a essas áreas modula a resposta do sistema nervoso autônomo e libera neurotransmissores ligados ao humor. Uma ótima opção para pessoas que procuram soluções para as crises de uma maneira mais natural e não invasiva.
3. Existem substâncias nas agulhas da acupuntura
É um mito que existam substâncias nas agulhas de acupuntura. O material utilizado é estéril e descartável, com o intuito de cuidar da segurança do paciente e prevenir infecções. Projetada para ser utilizada durante a sessão de maneira segura e eficaz, sem ser reutilizada e seguindo todos os protocolos de higiene.
Na acupuntura auricular, as técnicas utilizadas são mais suaves e as agulhas têm um tamanho reduzido, visto que o local não necessita de um instrumento tão grande. Então, você pode ficar tranquilo ao fazer essa prática, todos os instrumentos são seguros e sem nenhum tipo de substância.
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4. Acupuntura só trata dor física
Com as agulhas da acupuntura, é possível estimular terminações nervosas que ativam o sistema nervoso. As substâncias liberadas a partir disso provocam um efeito analgésico, anti-inflamatório e relaxante. Ou seja, a prática, de fato, garante melhoras ao nosso físico.
Mas além das dores físicas, a acupuntura trata dores de espectro emocional também. Por se tratar de uma técnica que busca restaurar o fluxo de energia, o estímulo de determinados pontos consegue liberar neurotransmissores como serotonina e endorfina.
Assim, em cada ponto do nosso corpo, temos efeitos diferentes pelo corpo. Na auriculoterapia, por exemplo, a orelha é considerada um microssistema que afeta o corpo todo. Nela, existem pontos que visam um maior equilíbrio emocional, proporcionando um corpo mais relaxado e menores níveis de estresse.
5. Acupuntura é ligada ao misticismo
A acupuntura é derivada da medicina tradicional chinesa e frequentemente associada a elementos místicos devido à sua natureza holística e aos princípios que fundamentam essas técnicas.
Entretanto, a prática é baseada na teoria de que o corpo possui canais de energia, conhecidos como meridianos, e o estímulo a pontos específicos é considerado uma maneira de influenciar o fluxo de energia vital, o QI.
Um conceito que está intrínseco na filosofia oriental é que sua essência é o equilíbrio energético aliado à harmonia do corpo. Além de toda parte simbólica que há a partir desses conceitos, como, por exemplo, o Yin e o Yang. Mas não é algo que você precisa fazer para poder/conseguir fazer a terapia.
Alguns praticantes possuem, sim, hábitos ritualísticos, com cerimônias ligadas à espiritualidade que trazem à tona as raízes culturais dessa medicina, como uso de incensos e elementos naturais. Mas a modernidade tornou essa experiência acessível independentemente de crenças religiosas.
6. Idosos não podem fazer acupuntura
Não existe restrição para a acupuntura. É uma prática terapêutica segura e eficaz até mesmo para a terceira idade. À medida que a população envelhece, estratégias de terapia que abrangem as necessidades específicas deste público ganham evidência, com a capacidade de trazer uma série de melhorias relacionadas ao envelhecimento, bem-estar e qualidade de vida.
Por meio de profissionais da saúde capacitados, a acupuntura pode ser uma estratégia complementar para outros tratamentos, já que também consegue trazer melhoras para:
- Mobilidade e flexibilidade;
- Sistema imunológico;
- Distúrbios do sono;
- Descanso reparador;
- Estresse;
- Ansiedade;
Nesse sentido, essa é uma abordagem adaptável às necessidades individuais de modo eficiente. Quando envelhecemos, ficamos mais sensíveis a algumas dores e essa intervenção causa menos incômodo do que pensamos.
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